Esta época de calor e chuvas também é o período de maior incidência da leptospirose, uma síndrome gravíssima e potencialmente fatal. Lavar a calçada ou pescar descalço, caminhar sobre área alagada e limpar porões e terrenos que contenham lixo, assim como nadar em córregos são situações de alto risco pelas quais podem passar pessoas de todas as classes sociais.
O aumento drástico do número de casos pode ser visto nos hospitais de Curitiba, como cita o infectologista Sérgio Penteado, do Hospital Marcelino Champagnat. “Se ao longo do ano vemos de um a dois casos por mês, ao caminharmos para o final do verão, passamos a ter de três a quatro casos por semana”, diz ele, assinalando que o perigo aumenta com a usual demora na busca por atendimento médico.
A doença, causada por uma bactéria presente na urina do rato, desencadeia insuficiência renal e hemorragia pulmonar, gastrintestinal e cerebral. “Porém, no início a doença se manifesta de modo inespecífico, com náusea, vômito, diarreia, febre, o que dificulta diferenciá-la de uma doença gastrintestinal”, diz.
De acordo com Jaime Rocha, infectologista do Laboratório Frischmann Aisengart, a doença tem tratamento para as formas sintomáticas com remédios orais ou injetáveis, conforme o caso. “Em casos de suspeita de contaminação, o médico pode orientar o uso de uma dose profilática de antibiótico. O remédio é bem barato, mas só é vendido com receita”, diz ele.
Está com medo?
